4.6.09

7 Desenhos Capitais


Crédito: Laerte (03 e 04/06 - "Folha de S.Paulo")

10.4.09

O Mito da Caverna

-Platão, A República, v. II, p. 105 a 109-

Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.

Glauco – Estou vendo.

Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.

Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.

Sócrates - Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?

Glauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?

Sócrates - E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?

Glauco - É bem possível.

Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?

Glauco - Sim, por Zeus!

Sócrates - Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?

Glauco - Assim terá de ser.

Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras.

Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?

Glauco - Com toda a certeza.

Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?

Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.

Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.

Glauco - Necessariamente.

Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.

Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.

Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?

Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.

Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?

Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.

Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?

Glauco - Por certo que sim.

Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?

Glauco - Sem nenhuma dúvida.

Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.

Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.

1.3.09

Games e o destino da humanidade...

Esta eu vi no Jovem Nerd, do colaborador Stephan Martins.

Um debate televisivo nos EUA (onde mais), discute se os games estão preparando nossas crianças para um futuro pós-apocalíptico. Um trecho da postagem do nosso amigo Stephan:

"Enquanto muitos de nós nerds já possuímos planos de contingência para os possíveis apocalipses — invasão zumbi, Skynet, guerra nuclear –, algumas pessoas já se perguntam: nossos filhos estão preparados para algo do tipo?

Bem, se você não ensina seus filhos, há quem ensine: os games!(...)"



Perfeito!!! Eu sempre soube que o futuro ia dar merda, por isso venho me preparando. Inclusive terminei duas vezes "Robocop vs Terminator" no passado e, atualmente, venho me aprimorando no quesito zumbi...

24.2.09

Cama, Far Cry 2, Design e... Zumbis

Carnaval curitibano... Bom, muitos acham que não existe e, realmente, é praticamente inexistente.

Tirando um ou outro que ainda acha que Curitiba tem algo com Carnaval, a grande maioria se divide em dois grandes grupos: os que gostam de carnaval e, portanto, saem da cidade... E os que não gostam de carnaval (meu caso), que tentam achar na cidade algo diferente pra fazer. Para estes últimos, existem algumas opções interessantes (algumas bem "focadas")... Mas eu fiz minha própria programação de carnaval.

Além de cochilos maravilhosos e merecidos, joguei muuuuuito game no computador... De tudo um pouco, mas passei horas no novo Far Cry 2.

Realmente é viciante explorar as selvas e savanas africanas sem nenhum compromisso linear, já que este game de "mundo aberto" possibilita vagar a esmo ou, eventualmente, ter um objetivo a concluir. Quem não jogou, vale a pena... Porém, como todo jogo da nova geração, é preciso um computador razoável pra rodar ele dentro dos 30 fps na configuração média (um bom motivo pra investir no PS3).

A imagem que eu vejo é quaaaase assim. Se aumentar a resolução e triplicar o antialise, fica igual... :-)

Na minha visita de carnaval a FNAC, resolvi comprar algo interessante e útil pra ler no feriado. Depois de uma passada pelos quadrinhos (tentação eterna), pela Apple (sonho eterno) e no Frans Café (cappuccino eterno), parei na pequena parte reservada para o Design (uma prateleira apenas) e comecei a garimpar.

Entre um e outro livro interessante (incluindo æ o tal de "Design Erótico"), tiveram três que me fizeram dedicar mais tempo, folheando.

Um deles por revolta e não por admiração, já que era um manual "prático" para micreiros, com "dicas" para "clonar" cartazes e layouts históricos ou admirados... Chegava ao cúmulo de dar "mastigado" porcentagens de transparência para simular algum efeito de uma peça famosa... Ridículo... Tanto que não lembro nem o nome do tal livro.

Outro foi um livro sobre Grid, algo bastante "chato" para alguns mas, em uma visão geral, de grande importância... Lembrando que até para "transgredir" regras, é bem importante conhece-las antes. Mas o livro não era algo metódico nem cheio de "amarras", me pareceu justamente o contrário. Infelizmente também não guardei o nome deste livro, mas postarei mais a respeito dele no futuro (já que pretendo compra-lo)

O livro que acabei levando para casa foi uma feliz surpresa, já que estava certo que iria leva-lo (através de algumas lidas em seu conteúdo), quando vi na capa os nomes das autoras, Ellen Lupton e Jennifer Cole Phillips, e identifiquei na hora a autora Ellen Lupton, que escreveu o ótimo "Pensar com Tipos". Comprei, comecei a ler e estou gostando muito, recomendo... Nome do livro: "Novos Fundamentos do Design"

Aguçando a observação (conteúdo)

Para finalizar meu post carnavalesco, gostaria de fazer 3 observações:

-Primeiro: senti falta de uma Curitiba mais "viva" nestes dias de feriado prolongado. Claro que todo mundo merece descansar, mas nesta terça-feira as opções para o curitibano que resolveu ficar na cidade eram beeeem restritas. Se Curitiba for realmente assumir seu lado anticarnaval (algo que acredito ser a evolução natural e que é realmente levado como um projeto sério por várias pessoas), então que seja assim... Quem sabe, em um futuro não muito distante, Curitiba não vire uma atração turística para os amantes da cultura e diversão fora do eixo carnavalesco... Não custa torcer.

-Segundo: fui ver o Zombie Walk curitibana já meio prevenido pelos meus amigos paulistanos... Não deu outra... a "caminhada zumbi", que teve sua origem muito mais na cultura pop-nerd, virou uma caminhada emo-zumbi. Deixando claro que, mesmo não compartilhando do gosto pelo perfil, tento respeitar a "classe" emo, já que eles sofrem os mesmos pré-conceitos que um dia os nerds também sofreram... porém... não deixa de ser decepcionante ver uma caminhada, que era pra ser o aviso final de que os mortos ainda vão se levantar (e George A. Romero sempre soube disso), transformada em caminhada miguxa, de roupa preta, lápis nos olhos, cabelo escorrido e cara de "sou infeliz".
ATENÇÃO: Não estou generalizando, afinal, vi alguns zumbis genuínos na massa emo, mas foram raros... infelizmente.

Zombie Walk dos meus sonhos (ou pesadelos), quem sabe ano que vem rola algo assim.

-Terceiro: Fui me informar sobre o Festival de Teatro de Curitiba, que começa dia 17 de Março. Realmente me pareceu ser algo imperdível, tanto que já me programei pra ver duas peças "grandes" (no sentido "marketing" da palavra) e também assistir algumas das centenas que vão ocorrer durante os dias do Festival. Com certeza vai ser o presente que vou me dar de aniversário.

Balanço do fim de feriado carnavalesco: bom, porém com grandes chances de melhorar muito no ano que vem, já que terei maior repertório regional até lá.

14.2.09

Coraline... em 3D


Devo confessar que minha primeira surpresa foi quando descobri que Coraline foi feito quase que totalmente em Stop motion, tendo computação gráfica apenas na pós-produção (montagem, efeitos especiais, recortes, etc).

Este filme foi um dos raros casos que eu me mantenho distante de qualquer informação a respeito, sendo que normalmente faço exatamente o contrário, me afundo em informações sobre o filme... E fiz isso por dois motivos: ter surpresas na exibição do filme e saber na hora as ligações diretas e diferenças com relação ao livro de Neil Gaiman (que li enquanto estava na faculdade).


Eu adoro estereoscopia e, por isso, fiquei muito empolgado com a oportunidade de ver um filme baseado em um livro do Neil Gaiman e ao mesmo tempo debutar no cinema 3D... Sim, eu nunca assisti um filme estereoscópico no cinema... Cheguei perto de ver o "A morte de Freddy Krueger" e depois não tive mais oportunidade.

Chegando no cinema, recebi os tais óculos 3D (que são polarizados e não com cores complementares)... Entrei na sala (que estava vazia), tomei o cuidado de sentar na quinta fileira (quase embaixo da tela, imaginei que neste caso seria melhor) e fiquei aguardando ansiosamente o começo da projeção.

Meia hora depois (e com a sala 30 pessoas mais cheia), começou a sessão. De cara, achei uma adorável surpresa ver que os trailers também eram em 3D estereoscópico (Era do Gelo 3 e Cia)... Surpresa dupla, já que fiquei maravilhado com a sensação tridimensional e imersiva dos óculos e vi que realmente foi uma sábia escolha sentar bem perto da tela.

Foi uma experiência sensacional assistir Coraline em 3D... Algo que realmente eleva o espirito. Sobre o filme, só tenho a dizer que é fantástico e, em muitos aspectos, achei superior a obra literária de Neil Gaiman...

Sim, os puristas podem achar estranho (e uma blasfêmia) eu considerar melhor um filme ao livro em que ele foi baseado. Mas na minha opinião o livro Coraline tem seus pontos fortes, mas seus fracos o deixam parecendo uma cópia moderna do "Alice no pais das maravilhas", mas sem o brilho de Lewis Carrol.


Porém, a versão Stop Motion deu mais complexidade, riqueza e beleza ao fantástico mundo, que é a vida da garotinha Coraline... Todos os detalhes emocionam... Desde os ratinhos saltadores, passando pelas senhorinhas e seus cachorrinhos (macabramente amados), chegando aos pais e ao amigo nerd da garota.

Voltando a minha surpresa inicial... que foi descobrir, no inicio do filme, que era uma produção em stop motion e não em computação gráfica... Foi algo ótimo. Já que em um mundo tão cheio de animações em 3D, ver algo no bom e velho "Quadro, move e quadro" é espetacular, ainda mais sendo uma produção pra ser vista em 3D, o que deixa tudo ainda mais complexo e apaixonante...

Explico: em animação 3D convencional, basta você adicionar mais uma câmera a cena e renderizar duas vezes em ângulos diferentes... pronto uma animação estereoscópica.


Mas no caso de Coraline, toda a captura de movimentos do stop motion foi feita com duas câmeras diferentes simultaneamente, sem falar nos efeitos especiais digitais que, estes sim, foram renderizados duas vezes mas no mesmo ângulo das câmeras "físicas".. Eu considero isso um trampo enorme e fascinante.

Enfim... Um filme que adorei e que pretendo ver novamente... em 3D, claro.

P.S: É muito legal ver as cenas pensadas para realmente serem vistas em 3D... Agulhas gigantes que tem suas pontas dirigidas a direção do nosso nariz, mãos ameaçadoras avançando para agarrar nossa cabeça ou então insetos belos e bizarros voando bem diante dos nossos olhos... Gostaria que todos os filmes fossem assim... os jogos de computador já são...

STREET FIGHTER IV VIDEO APP

31.1.09

27.1.09

25.1.09

Transporte público para todos...

Mesma foto que postei no Twitter...

Terminal Bairro Alto... A maior concentração canina, em horário do rush, que vi em Curitiba...

16.1.09

Classificação Nerd...


Mais uma postagem nerd...

Na verdade esta lista saiu, originalmente, na Wirede foi traduzida pelo Blog ENTUBBADO , mas de tão boa, resolvi postar aqui também.

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1. O Fanboy

Características: Na maior parte do tempo utiliza falas de Os Simpsons, Star Wars, Highlander e Os Caça Fantasmas. Adora discutir sobre quem ganharia a luta entre Batman e Boba Fett. (Batman.)
Crenças: A Força existe, mas midi-chlorians são uma farsa. Han atirou primeiro.
Fetiches: Princesa Léia vestida de escrava. Starbuck (encarnação masculina e feminina) . Amazing Fantasy No. 15. Uniformes de veludo.

2. O Geek da Música

Características: Ficaria realmente feliz em te apresentar uma música melhor do que o lixo que você e todo mundo gosta. Está sempre pronto pra um show, que vai ser uma droga.
Crenças: MP3s não são tão boas quanto CDs, que não são tão bons quanto LPs, que não são tão legais quanto uma Vitrola.O que importa é do que são feitos os fios do seu alto-falante.
Fetiches: A coleção completa de Singles Club 45s da Sub Pop. VH1’s Behind the Music (só a parte hair metal). Dar nota 0.0 no Pitchfork. Válvulas termiônicas.

3. O Gamer

Características: DEX (destreza) e INT (inteligência) altos, baixo CHA (carisma) (conseqüentemente, poucos amigos). Insultar indecifravelmente. (”I pwn3d u, n00b!”).
Crenças: O jogo Real World tem um motor físico ótimo, gráficos de alta resolução, e convincente sistema de som surround, mas sua curva de aprendizado é muito variável.Garotas deviam se vestir como a Yuna de Final Fantasy.
Fetiches: Spawn points (pontos de produção). Feedback Tátil. Toques de celular do Pac-man. Morgan Webb. Split screen co-op.

4. O cara dos Gadgets

Características: Sociável quando está nas filas do dia do lançamento. Feroz em comentários no Gizmodo. Semblante calmo para o remorso dos primeiros consumidores (Síndrome Apple Newton)
Crenças: Eu posso consertar isso. Não existe Deus, a não ser MacGyver.O preço vai cair em um mês, mas eu preciso disso agora.
Fetiches: Vídeos “tirando-da-caixa”. Baterias reservas. LEDs azuis. Canetas laser. Pessoas que RTFM. Coisas que fazem barulho alto no clique.

5. O Hacker

Características: Cronicamente mal-humorado - e de novo, tendo um intelecto tão superior, é um peso morto. Tendências paranóicas.
Crenças: “One shall stand, one shall fall” (Transformers). Alergia do Sol é uma condição real. Sexo virtual: não totalmente nojento. Cory Doctorow foi muito suave no DRM. A revista 2600 se tornou muito comercial.
Fetiches: Trinity. Fluência em l33t. Descobrir agentes anti-narcóticos na DEFCON.

6. O Otaku

Características: Feliz de modo alarmante. Prefere ler da direita para a esquerda.
Crenças: Mangá é um meio, não um gênero. Furry não são asquerosos. Eu posso aprender japonês através do Gundam. Lynn Minmay é o personagem mais irritante na história de tudo. O próximo anime lançado será um sucesso de Hollywood - nessa vida com certeza. Não é tudo pornô com tentáculos, OK?
Fetiches: Pornô com tentáculos. LARPs indecentes. Encontros virtuais. Tudo que seja kawaii.

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Além desta classificação, eu incluiria também os "níveis" de nerdice, por minha conta e risco:

Nerd classe "D": Não sabe que é Nerd e acha quem é insuportável, principalmente quando está com o cônjuge ao lado (sim, é casado)... Porém teve taquicardia quando falaram que Watchmen seria filmado (achou blasfêmia), fica deprimido quando morre alguém ligado a produção do seriado Star Trek ou sempre usa a desculpa do sobrinho quando entra em uma loja pra ver um boneco do Darth Vader.

Nerd classe "C": Tem vida social e, normalmente, conversa sobre vários assuntos (não-nerds). Acredita ser um Nerd mas não deixa as pessoas "normais" perceberem (mais por respeito do que medo). Deixa de comer pra trocar a placa de vídeo por uma que rode aquele jogo mais novo. Diz pra namorada ou namorado (sim, namora) que vai atrasar, mas não fala que é por causa do último número do "Final Crises" que está baixando da net. Chegou a chorar no cinema quando viu a "Millenium Falcon" aparecer por 2 segundos no Ep. III, mas saiu da sessão falando que George Lucas perdeu "a mão" da coisa toda.

Nerd classe "B": Troca, sem muita dificuldade, o convívio social por horas de Ragnarok. Planeja, cuidadosamente, uma forma de se vingar do diretor Stephen Norrington e dos irmãos Wachowski (usando o Twitter para isso). Está no terceiro sabre de luz, já que os dois primeiros quebrou "brincando" em convenções. Tem uma coleção respeitável de miniaturas, personagens, HQs, filmes, jogos (RPGs convencionais e games digitais), camisetas emblemáticas (com estampas que só Nerds entendem) e guarda suas roupas em cima de algum móvel ou mesmo no chão. Procura uma namorada ou namorado também Nerd, de preferência que não tenha os mesmos quadrinhos.

Nerd classe "A": Acha que sexo é para reprodução e aprimoramento genético, por isso não tem pressa. Tem certeza que dinheiro é para ser investido em conhecimento nerd e hardware.