12.11.07

Peixe fora d' água...

...outro dia estava eu indo tranqüilamente para a casa da Haiana, atravessando os poucos metros que separam meu apartamento do dela contemplando o belo fim de tarde, quando vi uma imagem surrealista (ou, dependendo do ponto de vista, dadaísta).


Como pode ser visto claramente nesta foto do meu celular, SIMPLESMENTE é um PEIXE saindo de um CANO, sobre um fino lençol de água.

OLhei rapidamente e continuei andando, já que meu cérebro está se calejando em ver todo tipo de obra artística (ou não) e de design (ou não). Isto poderia significar que sou um homer-simpson-em-frente-a-tv absorvendo tudo como uma esponja sem nem mesmo pensar. Porém, logo que a imagem me atingiu no grau da secundidade, felizmente meu repertório acusou algo estranho e resolvi voltar para constatar o fato.

Realmente era um PEIXE (aparentemente) saindo de um CANO, sobre um fino lençol de água, entre a calçada e a rua.

Se o pobre peixe morreu lá mesmo, não sei... assim como não saberei nunca sua verdadeira história, mas poderia tecer algumas teses:

1- Ele pode ter caído de alguma caixa contendo pescados e desceu a rua rente a calçada "encalhando" nesta saída de água.

2-Algum artista conceitual pode ter colocado o cadáver aquático naquele lugar com um propósito provocativo e anti-pragmático (e, neste caso, fiz também parte de sua obra)

3-Algum gato achou um belo jantar, mas estava deveras sujo de terra (por ter caído de alguma caixa contendo pescados) e resolveu lavá-lo na água corrente que passava pelo cano, porém se assustou com minha despreocupada caminhada e ficou observando minha intromissão de longe, pensando se eu não tinha algo mais para fazer ao invés de ficar fotografando a comida dele no meio da rua.

4-O pobre peixe lutou bravamente contra seu algoz que pretendia prepará-lo para o jantar da família. Escapando com bravura por uma abertura no cano da cozinha, nadou por toda a instalação hidráulica da casa até chegar a rua e constatar, com certo desespero, que estava muito longe de algum rio... nadou, nadou, para morrer na sarjeta.

Deixarei este post (bizarro) para me lembrar o quanto a "vida real" é estranha se observada com maior atenção e que "não existe maior ficção do que a realidade" (não lembro de quem é esta frase)...

...voltando ao relatório... :-)

P.S.- De qualquer forma, este peixinho conseguiu ficar imortalizado na rede mundial de computadores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom hahahah! Como uma autêntica (mas não de propósito) assassina de peixinhos, adorei esse post!