24.2.09

Cama, Far Cry 2, Design e... Zumbis

Carnaval curitibano... Bom, muitos acham que não existe e, realmente, é praticamente inexistente.

Tirando um ou outro que ainda acha que Curitiba tem algo com Carnaval, a grande maioria se divide em dois grandes grupos: os que gostam de carnaval e, portanto, saem da cidade... E os que não gostam de carnaval (meu caso), que tentam achar na cidade algo diferente pra fazer. Para estes últimos, existem algumas opções interessantes (algumas bem "focadas")... Mas eu fiz minha própria programação de carnaval.

Além de cochilos maravilhosos e merecidos, joguei muuuuuito game no computador... De tudo um pouco, mas passei horas no novo Far Cry 2.

Realmente é viciante explorar as selvas e savanas africanas sem nenhum compromisso linear, já que este game de "mundo aberto" possibilita vagar a esmo ou, eventualmente, ter um objetivo a concluir. Quem não jogou, vale a pena... Porém, como todo jogo da nova geração, é preciso um computador razoável pra rodar ele dentro dos 30 fps na configuração média (um bom motivo pra investir no PS3).

A imagem que eu vejo é quaaaase assim. Se aumentar a resolução e triplicar o antialise, fica igual... :-)

Na minha visita de carnaval a FNAC, resolvi comprar algo interessante e útil pra ler no feriado. Depois de uma passada pelos quadrinhos (tentação eterna), pela Apple (sonho eterno) e no Frans Café (cappuccino eterno), parei na pequena parte reservada para o Design (uma prateleira apenas) e comecei a garimpar.

Entre um e outro livro interessante (incluindo æ o tal de "Design Erótico"), tiveram três que me fizeram dedicar mais tempo, folheando.

Um deles por revolta e não por admiração, já que era um manual "prático" para micreiros, com "dicas" para "clonar" cartazes e layouts históricos ou admirados... Chegava ao cúmulo de dar "mastigado" porcentagens de transparência para simular algum efeito de uma peça famosa... Ridículo... Tanto que não lembro nem o nome do tal livro.

Outro foi um livro sobre Grid, algo bastante "chato" para alguns mas, em uma visão geral, de grande importância... Lembrando que até para "transgredir" regras, é bem importante conhece-las antes. Mas o livro não era algo metódico nem cheio de "amarras", me pareceu justamente o contrário. Infelizmente também não guardei o nome deste livro, mas postarei mais a respeito dele no futuro (já que pretendo compra-lo)

O livro que acabei levando para casa foi uma feliz surpresa, já que estava certo que iria leva-lo (através de algumas lidas em seu conteúdo), quando vi na capa os nomes das autoras, Ellen Lupton e Jennifer Cole Phillips, e identifiquei na hora a autora Ellen Lupton, que escreveu o ótimo "Pensar com Tipos". Comprei, comecei a ler e estou gostando muito, recomendo... Nome do livro: "Novos Fundamentos do Design"

Aguçando a observação (conteúdo)

Para finalizar meu post carnavalesco, gostaria de fazer 3 observações:

-Primeiro: senti falta de uma Curitiba mais "viva" nestes dias de feriado prolongado. Claro que todo mundo merece descansar, mas nesta terça-feira as opções para o curitibano que resolveu ficar na cidade eram beeeem restritas. Se Curitiba for realmente assumir seu lado anticarnaval (algo que acredito ser a evolução natural e que é realmente levado como um projeto sério por várias pessoas), então que seja assim... Quem sabe, em um futuro não muito distante, Curitiba não vire uma atração turística para os amantes da cultura e diversão fora do eixo carnavalesco... Não custa torcer.

-Segundo: fui ver o Zombie Walk curitibana já meio prevenido pelos meus amigos paulistanos... Não deu outra... a "caminhada zumbi", que teve sua origem muito mais na cultura pop-nerd, virou uma caminhada emo-zumbi. Deixando claro que, mesmo não compartilhando do gosto pelo perfil, tento respeitar a "classe" emo, já que eles sofrem os mesmos pré-conceitos que um dia os nerds também sofreram... porém... não deixa de ser decepcionante ver uma caminhada, que era pra ser o aviso final de que os mortos ainda vão se levantar (e George A. Romero sempre soube disso), transformada em caminhada miguxa, de roupa preta, lápis nos olhos, cabelo escorrido e cara de "sou infeliz".
ATENÇÃO: Não estou generalizando, afinal, vi alguns zumbis genuínos na massa emo, mas foram raros... infelizmente.

Zombie Walk dos meus sonhos (ou pesadelos), quem sabe ano que vem rola algo assim.

-Terceiro: Fui me informar sobre o Festival de Teatro de Curitiba, que começa dia 17 de Março. Realmente me pareceu ser algo imperdível, tanto que já me programei pra ver duas peças "grandes" (no sentido "marketing" da palavra) e também assistir algumas das centenas que vão ocorrer durante os dias do Festival. Com certeza vai ser o presente que vou me dar de aniversário.

Balanço do fim de feriado carnavalesco: bom, porém com grandes chances de melhorar muito no ano que vem, já que terei maior repertório regional até lá.

14.2.09

Coraline... em 3D


Devo confessar que minha primeira surpresa foi quando descobri que Coraline foi feito quase que totalmente em Stop motion, tendo computação gráfica apenas na pós-produção (montagem, efeitos especiais, recortes, etc).

Este filme foi um dos raros casos que eu me mantenho distante de qualquer informação a respeito, sendo que normalmente faço exatamente o contrário, me afundo em informações sobre o filme... E fiz isso por dois motivos: ter surpresas na exibição do filme e saber na hora as ligações diretas e diferenças com relação ao livro de Neil Gaiman (que li enquanto estava na faculdade).


Eu adoro estereoscopia e, por isso, fiquei muito empolgado com a oportunidade de ver um filme baseado em um livro do Neil Gaiman e ao mesmo tempo debutar no cinema 3D... Sim, eu nunca assisti um filme estereoscópico no cinema... Cheguei perto de ver o "A morte de Freddy Krueger" e depois não tive mais oportunidade.

Chegando no cinema, recebi os tais óculos 3D (que são polarizados e não com cores complementares)... Entrei na sala (que estava vazia), tomei o cuidado de sentar na quinta fileira (quase embaixo da tela, imaginei que neste caso seria melhor) e fiquei aguardando ansiosamente o começo da projeção.

Meia hora depois (e com a sala 30 pessoas mais cheia), começou a sessão. De cara, achei uma adorável surpresa ver que os trailers também eram em 3D estereoscópico (Era do Gelo 3 e Cia)... Surpresa dupla, já que fiquei maravilhado com a sensação tridimensional e imersiva dos óculos e vi que realmente foi uma sábia escolha sentar bem perto da tela.

Foi uma experiência sensacional assistir Coraline em 3D... Algo que realmente eleva o espirito. Sobre o filme, só tenho a dizer que é fantástico e, em muitos aspectos, achei superior a obra literária de Neil Gaiman...

Sim, os puristas podem achar estranho (e uma blasfêmia) eu considerar melhor um filme ao livro em que ele foi baseado. Mas na minha opinião o livro Coraline tem seus pontos fortes, mas seus fracos o deixam parecendo uma cópia moderna do "Alice no pais das maravilhas", mas sem o brilho de Lewis Carrol.


Porém, a versão Stop Motion deu mais complexidade, riqueza e beleza ao fantástico mundo, que é a vida da garotinha Coraline... Todos os detalhes emocionam... Desde os ratinhos saltadores, passando pelas senhorinhas e seus cachorrinhos (macabramente amados), chegando aos pais e ao amigo nerd da garota.

Voltando a minha surpresa inicial... que foi descobrir, no inicio do filme, que era uma produção em stop motion e não em computação gráfica... Foi algo ótimo. Já que em um mundo tão cheio de animações em 3D, ver algo no bom e velho "Quadro, move e quadro" é espetacular, ainda mais sendo uma produção pra ser vista em 3D, o que deixa tudo ainda mais complexo e apaixonante...

Explico: em animação 3D convencional, basta você adicionar mais uma câmera a cena e renderizar duas vezes em ângulos diferentes... pronto uma animação estereoscópica.


Mas no caso de Coraline, toda a captura de movimentos do stop motion foi feita com duas câmeras diferentes simultaneamente, sem falar nos efeitos especiais digitais que, estes sim, foram renderizados duas vezes mas no mesmo ângulo das câmeras "físicas".. Eu considero isso um trampo enorme e fascinante.

Enfim... Um filme que adorei e que pretendo ver novamente... em 3D, claro.

P.S: É muito legal ver as cenas pensadas para realmente serem vistas em 3D... Agulhas gigantes que tem suas pontas dirigidas a direção do nosso nariz, mãos ameaçadoras avançando para agarrar nossa cabeça ou então insetos belos e bizarros voando bem diante dos nossos olhos... Gostaria que todos os filmes fossem assim... os jogos de computador já são...

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