4.6.09

7 Desenhos Capitais


Crédito: Laerte (03 e 04/06 - "Folha de S.Paulo")

10.4.09

O Mito da Caverna

-Platão, A República, v. II, p. 105 a 109-

Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.

Glauco – Estou vendo.

Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.

Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.

Sócrates - Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?

Glauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?

Sócrates - E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?

Glauco - É bem possível.

Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?

Glauco - Sim, por Zeus!

Sócrates - Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?

Glauco - Assim terá de ser.

Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras.

Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?

Glauco - Com toda a certeza.

Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?

Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.

Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.

Glauco - Necessariamente.

Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.

Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.

Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?

Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.

Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?

Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.

Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?

Glauco - Por certo que sim.

Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?

Glauco - Sem nenhuma dúvida.

Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.

Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.

1.3.09

Games e o destino da humanidade...

Esta eu vi no Jovem Nerd, do colaborador Stephan Martins.

Um debate televisivo nos EUA (onde mais), discute se os games estão preparando nossas crianças para um futuro pós-apocalíptico. Um trecho da postagem do nosso amigo Stephan:

"Enquanto muitos de nós nerds já possuímos planos de contingência para os possíveis apocalipses — invasão zumbi, Skynet, guerra nuclear –, algumas pessoas já se perguntam: nossos filhos estão preparados para algo do tipo?

Bem, se você não ensina seus filhos, há quem ensine: os games!(...)"



Perfeito!!! Eu sempre soube que o futuro ia dar merda, por isso venho me preparando. Inclusive terminei duas vezes "Robocop vs Terminator" no passado e, atualmente, venho me aprimorando no quesito zumbi...

24.2.09

Cama, Far Cry 2, Design e... Zumbis

Carnaval curitibano... Bom, muitos acham que não existe e, realmente, é praticamente inexistente.

Tirando um ou outro que ainda acha que Curitiba tem algo com Carnaval, a grande maioria se divide em dois grandes grupos: os que gostam de carnaval e, portanto, saem da cidade... E os que não gostam de carnaval (meu caso), que tentam achar na cidade algo diferente pra fazer. Para estes últimos, existem algumas opções interessantes (algumas bem "focadas")... Mas eu fiz minha própria programação de carnaval.

Além de cochilos maravilhosos e merecidos, joguei muuuuuito game no computador... De tudo um pouco, mas passei horas no novo Far Cry 2.

Realmente é viciante explorar as selvas e savanas africanas sem nenhum compromisso linear, já que este game de "mundo aberto" possibilita vagar a esmo ou, eventualmente, ter um objetivo a concluir. Quem não jogou, vale a pena... Porém, como todo jogo da nova geração, é preciso um computador razoável pra rodar ele dentro dos 30 fps na configuração média (um bom motivo pra investir no PS3).

A imagem que eu vejo é quaaaase assim. Se aumentar a resolução e triplicar o antialise, fica igual... :-)

Na minha visita de carnaval a FNAC, resolvi comprar algo interessante e útil pra ler no feriado. Depois de uma passada pelos quadrinhos (tentação eterna), pela Apple (sonho eterno) e no Frans Café (cappuccino eterno), parei na pequena parte reservada para o Design (uma prateleira apenas) e comecei a garimpar.

Entre um e outro livro interessante (incluindo æ o tal de "Design Erótico"), tiveram três que me fizeram dedicar mais tempo, folheando.

Um deles por revolta e não por admiração, já que era um manual "prático" para micreiros, com "dicas" para "clonar" cartazes e layouts históricos ou admirados... Chegava ao cúmulo de dar "mastigado" porcentagens de transparência para simular algum efeito de uma peça famosa... Ridículo... Tanto que não lembro nem o nome do tal livro.

Outro foi um livro sobre Grid, algo bastante "chato" para alguns mas, em uma visão geral, de grande importância... Lembrando que até para "transgredir" regras, é bem importante conhece-las antes. Mas o livro não era algo metódico nem cheio de "amarras", me pareceu justamente o contrário. Infelizmente também não guardei o nome deste livro, mas postarei mais a respeito dele no futuro (já que pretendo compra-lo)

O livro que acabei levando para casa foi uma feliz surpresa, já que estava certo que iria leva-lo (através de algumas lidas em seu conteúdo), quando vi na capa os nomes das autoras, Ellen Lupton e Jennifer Cole Phillips, e identifiquei na hora a autora Ellen Lupton, que escreveu o ótimo "Pensar com Tipos". Comprei, comecei a ler e estou gostando muito, recomendo... Nome do livro: "Novos Fundamentos do Design"

Aguçando a observação (conteúdo)

Para finalizar meu post carnavalesco, gostaria de fazer 3 observações:

-Primeiro: senti falta de uma Curitiba mais "viva" nestes dias de feriado prolongado. Claro que todo mundo merece descansar, mas nesta terça-feira as opções para o curitibano que resolveu ficar na cidade eram beeeem restritas. Se Curitiba for realmente assumir seu lado anticarnaval (algo que acredito ser a evolução natural e que é realmente levado como um projeto sério por várias pessoas), então que seja assim... Quem sabe, em um futuro não muito distante, Curitiba não vire uma atração turística para os amantes da cultura e diversão fora do eixo carnavalesco... Não custa torcer.

-Segundo: fui ver o Zombie Walk curitibana já meio prevenido pelos meus amigos paulistanos... Não deu outra... a "caminhada zumbi", que teve sua origem muito mais na cultura pop-nerd, virou uma caminhada emo-zumbi. Deixando claro que, mesmo não compartilhando do gosto pelo perfil, tento respeitar a "classe" emo, já que eles sofrem os mesmos pré-conceitos que um dia os nerds também sofreram... porém... não deixa de ser decepcionante ver uma caminhada, que era pra ser o aviso final de que os mortos ainda vão se levantar (e George A. Romero sempre soube disso), transformada em caminhada miguxa, de roupa preta, lápis nos olhos, cabelo escorrido e cara de "sou infeliz".
ATENÇÃO: Não estou generalizando, afinal, vi alguns zumbis genuínos na massa emo, mas foram raros... infelizmente.

Zombie Walk dos meus sonhos (ou pesadelos), quem sabe ano que vem rola algo assim.

-Terceiro: Fui me informar sobre o Festival de Teatro de Curitiba, que começa dia 17 de Março. Realmente me pareceu ser algo imperdível, tanto que já me programei pra ver duas peças "grandes" (no sentido "marketing" da palavra) e também assistir algumas das centenas que vão ocorrer durante os dias do Festival. Com certeza vai ser o presente que vou me dar de aniversário.

Balanço do fim de feriado carnavalesco: bom, porém com grandes chances de melhorar muito no ano que vem, já que terei maior repertório regional até lá.

14.2.09

Coraline... em 3D


Devo confessar que minha primeira surpresa foi quando descobri que Coraline foi feito quase que totalmente em Stop motion, tendo computação gráfica apenas na pós-produção (montagem, efeitos especiais, recortes, etc).

Este filme foi um dos raros casos que eu me mantenho distante de qualquer informação a respeito, sendo que normalmente faço exatamente o contrário, me afundo em informações sobre o filme... E fiz isso por dois motivos: ter surpresas na exibição do filme e saber na hora as ligações diretas e diferenças com relação ao livro de Neil Gaiman (que li enquanto estava na faculdade).


Eu adoro estereoscopia e, por isso, fiquei muito empolgado com a oportunidade de ver um filme baseado em um livro do Neil Gaiman e ao mesmo tempo debutar no cinema 3D... Sim, eu nunca assisti um filme estereoscópico no cinema... Cheguei perto de ver o "A morte de Freddy Krueger" e depois não tive mais oportunidade.

Chegando no cinema, recebi os tais óculos 3D (que são polarizados e não com cores complementares)... Entrei na sala (que estava vazia), tomei o cuidado de sentar na quinta fileira (quase embaixo da tela, imaginei que neste caso seria melhor) e fiquei aguardando ansiosamente o começo da projeção.

Meia hora depois (e com a sala 30 pessoas mais cheia), começou a sessão. De cara, achei uma adorável surpresa ver que os trailers também eram em 3D estereoscópico (Era do Gelo 3 e Cia)... Surpresa dupla, já que fiquei maravilhado com a sensação tridimensional e imersiva dos óculos e vi que realmente foi uma sábia escolha sentar bem perto da tela.

Foi uma experiência sensacional assistir Coraline em 3D... Algo que realmente eleva o espirito. Sobre o filme, só tenho a dizer que é fantástico e, em muitos aspectos, achei superior a obra literária de Neil Gaiman...

Sim, os puristas podem achar estranho (e uma blasfêmia) eu considerar melhor um filme ao livro em que ele foi baseado. Mas na minha opinião o livro Coraline tem seus pontos fortes, mas seus fracos o deixam parecendo uma cópia moderna do "Alice no pais das maravilhas", mas sem o brilho de Lewis Carrol.


Porém, a versão Stop Motion deu mais complexidade, riqueza e beleza ao fantástico mundo, que é a vida da garotinha Coraline... Todos os detalhes emocionam... Desde os ratinhos saltadores, passando pelas senhorinhas e seus cachorrinhos (macabramente amados), chegando aos pais e ao amigo nerd da garota.

Voltando a minha surpresa inicial... que foi descobrir, no inicio do filme, que era uma produção em stop motion e não em computação gráfica... Foi algo ótimo. Já que em um mundo tão cheio de animações em 3D, ver algo no bom e velho "Quadro, move e quadro" é espetacular, ainda mais sendo uma produção pra ser vista em 3D, o que deixa tudo ainda mais complexo e apaixonante...

Explico: em animação 3D convencional, basta você adicionar mais uma câmera a cena e renderizar duas vezes em ângulos diferentes... pronto uma animação estereoscópica.


Mas no caso de Coraline, toda a captura de movimentos do stop motion foi feita com duas câmeras diferentes simultaneamente, sem falar nos efeitos especiais digitais que, estes sim, foram renderizados duas vezes mas no mesmo ângulo das câmeras "físicas".. Eu considero isso um trampo enorme e fascinante.

Enfim... Um filme que adorei e que pretendo ver novamente... em 3D, claro.

P.S: É muito legal ver as cenas pensadas para realmente serem vistas em 3D... Agulhas gigantes que tem suas pontas dirigidas a direção do nosso nariz, mãos ameaçadoras avançando para agarrar nossa cabeça ou então insetos belos e bizarros voando bem diante dos nossos olhos... Gostaria que todos os filmes fossem assim... os jogos de computador já são...

STREET FIGHTER IV VIDEO APP

31.1.09

27.1.09

25.1.09

Transporte público para todos...

Mesma foto que postei no Twitter...

Terminal Bairro Alto... A maior concentração canina, em horário do rush, que vi em Curitiba...

16.1.09

Classificação Nerd...


Mais uma postagem nerd...

Na verdade esta lista saiu, originalmente, na Wirede foi traduzida pelo Blog ENTUBBADO , mas de tão boa, resolvi postar aqui também.

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1. O Fanboy

Características: Na maior parte do tempo utiliza falas de Os Simpsons, Star Wars, Highlander e Os Caça Fantasmas. Adora discutir sobre quem ganharia a luta entre Batman e Boba Fett. (Batman.)
Crenças: A Força existe, mas midi-chlorians são uma farsa. Han atirou primeiro.
Fetiches: Princesa Léia vestida de escrava. Starbuck (encarnação masculina e feminina) . Amazing Fantasy No. 15. Uniformes de veludo.

2. O Geek da Música

Características: Ficaria realmente feliz em te apresentar uma música melhor do que o lixo que você e todo mundo gosta. Está sempre pronto pra um show, que vai ser uma droga.
Crenças: MP3s não são tão boas quanto CDs, que não são tão bons quanto LPs, que não são tão legais quanto uma Vitrola.O que importa é do que são feitos os fios do seu alto-falante.
Fetiches: A coleção completa de Singles Club 45s da Sub Pop. VH1’s Behind the Music (só a parte hair metal). Dar nota 0.0 no Pitchfork. Válvulas termiônicas.

3. O Gamer

Características: DEX (destreza) e INT (inteligência) altos, baixo CHA (carisma) (conseqüentemente, poucos amigos). Insultar indecifravelmente. (”I pwn3d u, n00b!”).
Crenças: O jogo Real World tem um motor físico ótimo, gráficos de alta resolução, e convincente sistema de som surround, mas sua curva de aprendizado é muito variável.Garotas deviam se vestir como a Yuna de Final Fantasy.
Fetiches: Spawn points (pontos de produção). Feedback Tátil. Toques de celular do Pac-man. Morgan Webb. Split screen co-op.

4. O cara dos Gadgets

Características: Sociável quando está nas filas do dia do lançamento. Feroz em comentários no Gizmodo. Semblante calmo para o remorso dos primeiros consumidores (Síndrome Apple Newton)
Crenças: Eu posso consertar isso. Não existe Deus, a não ser MacGyver.O preço vai cair em um mês, mas eu preciso disso agora.
Fetiches: Vídeos “tirando-da-caixa”. Baterias reservas. LEDs azuis. Canetas laser. Pessoas que RTFM. Coisas que fazem barulho alto no clique.

5. O Hacker

Características: Cronicamente mal-humorado - e de novo, tendo um intelecto tão superior, é um peso morto. Tendências paranóicas.
Crenças: “One shall stand, one shall fall” (Transformers). Alergia do Sol é uma condição real. Sexo virtual: não totalmente nojento. Cory Doctorow foi muito suave no DRM. A revista 2600 se tornou muito comercial.
Fetiches: Trinity. Fluência em l33t. Descobrir agentes anti-narcóticos na DEFCON.

6. O Otaku

Características: Feliz de modo alarmante. Prefere ler da direita para a esquerda.
Crenças: Mangá é um meio, não um gênero. Furry não são asquerosos. Eu posso aprender japonês através do Gundam. Lynn Minmay é o personagem mais irritante na história de tudo. O próximo anime lançado será um sucesso de Hollywood - nessa vida com certeza. Não é tudo pornô com tentáculos, OK?
Fetiches: Pornô com tentáculos. LARPs indecentes. Encontros virtuais. Tudo que seja kawaii.

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Além desta classificação, eu incluiria também os "níveis" de nerdice, por minha conta e risco:

Nerd classe "D": Não sabe que é Nerd e acha quem é insuportável, principalmente quando está com o cônjuge ao lado (sim, é casado)... Porém teve taquicardia quando falaram que Watchmen seria filmado (achou blasfêmia), fica deprimido quando morre alguém ligado a produção do seriado Star Trek ou sempre usa a desculpa do sobrinho quando entra em uma loja pra ver um boneco do Darth Vader.

Nerd classe "C": Tem vida social e, normalmente, conversa sobre vários assuntos (não-nerds). Acredita ser um Nerd mas não deixa as pessoas "normais" perceberem (mais por respeito do que medo). Deixa de comer pra trocar a placa de vídeo por uma que rode aquele jogo mais novo. Diz pra namorada ou namorado (sim, namora) que vai atrasar, mas não fala que é por causa do último número do "Final Crises" que está baixando da net. Chegou a chorar no cinema quando viu a "Millenium Falcon" aparecer por 2 segundos no Ep. III, mas saiu da sessão falando que George Lucas perdeu "a mão" da coisa toda.

Nerd classe "B": Troca, sem muita dificuldade, o convívio social por horas de Ragnarok. Planeja, cuidadosamente, uma forma de se vingar do diretor Stephen Norrington e dos irmãos Wachowski (usando o Twitter para isso). Está no terceiro sabre de luz, já que os dois primeiros quebrou "brincando" em convenções. Tem uma coleção respeitável de miniaturas, personagens, HQs, filmes, jogos (RPGs convencionais e games digitais), camisetas emblemáticas (com estampas que só Nerds entendem) e guarda suas roupas em cima de algum móvel ou mesmo no chão. Procura uma namorada ou namorado também Nerd, de preferência que não tenha os mesmos quadrinhos.

Nerd classe "A": Acha que sexo é para reprodução e aprimoramento genético, por isso não tem pressa. Tem certeza que dinheiro é para ser investido em conhecimento nerd e hardware.

13.1.09

Personal Sketchcrawn Brasil...

Eu estava louco para participar do Sketchcrawn Brasil... porém... a galera de Curitiba, aparentemente, não ia se organizar. Depois de um e-mail enviado (que só depois vi que voltou) e muitos e-mails do grupo lidos, decidi fazer meu próprio Sketchcrawn Brasil... Solitário mas firme e forte.

Quando estava me preparando pra sair, no sábado, por volta da 12:30... vi o e-mail no grupo combinando dos curitibanos irem no Largo da Ordem, às 11:30.

Apesar de morar a uns 10 minutos do Largo, resolvi continuar minha programação anterior.

Largo da Ordem

Uma passadinha pelo Largo da Ordem (quem sabe encontrava mais algum perdido por lá) e resolvi desenhar o famoso cavalo da "Praça Garibaldi", que solta água pela boca (?)

Depois fui (de AllStar) até o Mercado Municipal, que ainda não conhecia e me pareceu algo interessante para desenhar

Mercado Municial

Realmente gostei do que vi, dentro e fora do Mercado... O único problema foi a quantidade de gente que ficava ao meu redor tentando ver o que eu estava fazendo (algo que ja tinha acontecido no Largo da Ordem). Acredito que em grupo isto não seria tanto problema, mas sozinho acabou me "travando". Por este motivo, acabei indo até um barzinho no lado do Mercado, pedi uma água e fiquei mais tranquilo pra desenhar.

Saindo do Mercado Municipal, resolvi ir até o "Museu Oscar Niemeyer", mas no caminho vi uma coisa interessante na "Praça Ns. de Salette" (na frente da sede do Governo do Estado), nas mãos da estátua desta praça, alguém colocou uma flor... Achei interessante já que normalmente fazem tudo com estas estátuas, menos colocar flores nelas.

Meigo... :-)

Já que não tinha uma máquina fotográfica nas mãos, resolvi tentar desenhar o momento. Valeu pelo inusitado.

E, por último, o "Museu Oscar Niemeyer"... Devo confessar que, apesar de ter ido várias vezes lá, ainda não entrei no museu (farei isto brevemente). O mais interessante foi que, com certeza, lá me senti bem confortável em sentar no chão e desenhar... O que farei mais vezes..

O Museu "do olho"

Enfim... andei beeeeem mais do que desenhei, mas valeu pela participação. Com certeza vou continuar desenhando nos fins de semana (desenferrujando o pulso que anda mais acostumado com o mouse) e no próximo Sketchcrawn Brasil vou tentar não me perder da galera.

10.1.09

Eu, Nerd


Eu estava ouvindo o ótimo Nerdcast sobre Nerds, quando comecei a recordar o que me levou ser e aceitar que era Nerd.

Como toda criança da minha época (bem, pelo menos a maioria), eu lia quadrinhos antes mesmo de aprender a ler. Ficava vendo as "figurinhas" e inventando histórias, adorava isso. Mas, depois de um tempo, abandonei os quadrinhos e me foquei em outras coisas.

Não... Não fui ser capitão de time de futebol (esporte que não gosto), nem comecei a encher a cara de cerveja (bebida que não suporto)... Longe disso... Na verdade comecei a me interessar por outras coisas: Superintessante (devorava da primeira a última página), Coleção Vagalume (não li a coleção inteira, mas uma porcentagem respeitável), desenhar (era uma época que eu desenhava muuuuito... ficava a tarde inteira desenhando, todos os dias) e estudar (como disse antes, não estudava durante à tarde, mas prestava muita atenção nas aulas, o suficiente pra tirar as melhores notas da minha sala e ser sempre zuado pelos coleguinhas de turma). Foi mais ou menos nesta época que eu comecei a jogar videogame, mas na época toda criança jogava.

Foi na passagem da minha 8ª série para o 1º colegial que eu reencontrei os quadrinhos... E foi ótimo. Lembrava dos personagens e das histórias que tinha lido na infância e vi que muita coisa não tinha mudado nada (o Homem Aranha continuava um loser, o Batman continuava sendo o Bruce Wayne, o Superman continuava chato, etc), porém, outras mudaram muito ("O que o Magneto está fazendo ajudando os X-men?"). Foi paixão a segunda vista.

Aguardando...

Nesta mesma época eu fiquei de saco cheio de ser o "CDF da sala" e tirei meu primeiro "C"... dæ pro "D" e "E" foi um pulo... Perdi o posto de CDF da sala mas comecei a me sentir mais "livre", continuava levando cascudo dos "garotos populares" da sala (afinal continuava estranho para os olhos do mundo), mas a atenção que era usada antes, dentro da sala de aula, para a professora, começou a ser transferida pra as HQs, que eu levava sorrateiramente na bolsa. Engraçado que eu ia mal nas provas por ser desencanado, mesmo.. Já que nas recuperações (que, na época, eram bimestrais) era só "A" e sem perder o sono estudando (minha mãe que perdia comigo)... Acho que era a maneira que encontrei de praticar esporte radical.

Bom, ainda nesta época eu era estranho, desenhava muito, lia quadrinhos, não tinha moral com as meninas... Mas ainda não poderia ser considerado um Nerd... tavez um proto-nerd, no máximo.

A mudança de nível foi quando, em um sábado após a festinha de aniversário de meu irmão, eu assisti no Supercine "O Império Contra-Ataca" (siiiim, o Supercine nem sempre passou filme de psicopata) ... Lembro de não ter tirado os olhos do filme e de ter ficado chocado com a cena da mão decepada do Luke e com a frase emblemática "Luke, I'm your father"... Embora não tivesse assistido "Uma Nova Esperança" (na época, só "Star Wars"), fiquei chocado com a revelação no final e louco pra saber muito mais sobre aquele universo.

Maaaaaaaaaaaassa!!!

Neste ponto entra a parte triste de minha história.

Eu era um proto-nerd me tornando um Nerd em uma cidade onde existiam poucos da mesma espécie (que faziam questão de não serem identificados), poucas bancas de revista (só chegavam os quadrinhos da Marvel/DC, ainda assim, de forma não regular), nenhuma livraria, não tinha videocassete (minha família foi comprar muito tempo depois), meus poucos amigos curtiam futebol (já disse que não gosto de futebol?) e não existia Internet... Ou seja... Só tinha qualquer informação sobre "Star Wars" quando saia alguma coisa na revista SET (e tinha que ser na capa, já que não tinha grana pra comprar todas as que saiam) ou quando a Rede Globo passava um dos filmes da trilogia.

Depois desta época negra, veio nosso primeiro videocassete (e eu consegui gravar os três filmes da série campeando a Sessão da Tarde), mais revistas sobre o assunto (inclusive e ótima SET Terror & Ficção) e o Box da Edição Especial do Star Wars... somado a isto o fato de não ter parado de ler quadrinhos, ao contrário, lia toneladas de HQs... Foi meu nirvana (pelo menos o primeiro da minha vida).

Mas foi uma alegria solitária, já que não tinha amigos que gostavam (pelo menos não da forma que eu gostava) das mesmas coisas que eu. Mas meus pais sempre me apoiaram, isto é fato... Minha centena de quadrinhos e meu primeiro Box de Star Wars são provas concretas disto.

Agora que eu discordo de algumas declarações feitas no Nerdcast citado acima:

-Primeiro: comecei a me tornar nerd não por influência de alguém, já que não conhecia mais ninguém com os mesmos gostos que eu tinha (o povo não gostava de ler nem Superinteressante, gostavam de futebol)
-Segundo: não li Senhor dos Anéis e só fui tomar consciência da existência dos livros graças a Internet (isso a, mais ou menos, 10 anos atrás)... Porém ainda não li a trilogia, mas li "O Silmarillion" (estranho, né?)
-Terceiro: fui conhecer jogadores de RPG somente na faculdade... Apesar de ter inventado, por conta e risco, uns joguinhos solitários que tinham um pezinho no RPG (um "dedinho", na verdade).

Este último tem relação com a forma de como descobri que sou realmente Nerd.

Chegando na faculdade de "Desenho Industrial" (hoje, acertadamente, mudaram o nome para "Design Gráfico") conheci uma galera que gostava exatamente das mesmas coisas que eu gostava... Foi a primeira vez na minha vida que tinha encontrado pessoas estranhas diferentes assim como eu.

Foi quando eu descobri que era Nerd... Na verdade meus novos amigos diziam que eu era e, mesmo com uma certa resistência, acabei aceitando o fato.

Hoje em dia leio muito menos livros e quadrinhos do que gostaria (apesar de comprar religiosamente o "Calvin & Haroldo" e reler muita coisa que já li)... Porém retomei uma faceta Nerd que estava adormecida, mas não morta... A paixão pelos videogames.

Considerações finais:
-Quando eu ainda era um proto-nerd tive um amigo, em especial, que as vezes me acompanhava nas tardes desenhando ou assistindo "Star Wars" (mesmo não compartilhando de minha doentia obsessão)... Menção honrosa pro grande "Giba"
-Hoje virou moda ser Nerd... Ainda não sei se isto é bom ou ruim.
-Assim que mudei para Curitiba, seis meses atrás, descobri que aqui é reduto Nerd... Encontrei muitos na JediCon, inclusive o Jovem Nerd... Acho que, sem querer, achei um ninho.
-Vou começar a assistir "The Big Bang Theory", graças ao Nerdcast...



9.1.09

Sketchcrawn Brasil amanhã...

Quem está acompanhando o evento (no Fórum Oficial ou pelos e-mails da galera no Brasil) sabe que tem um povo se organizando em várias cidades do país. Porém não encontrei nada sobre Sketchcrawn em Curitiba.

Mas, não é isso que vai impedir que eu saia amanhã desenhando pelas ruas curitibanas... Hoje, à noite, vou fazer meu roteiro que vai incluir, claro, um ou dois Cafés. Seguindo o esquema já conhecido, ficar 1 hora desenhando em cada lugar, depois mudar para outro... Depois postar o resultado da jornada em algum endereço (galeria online) definido pelos participantes. Vamos ver se rola.

Quem sabe não encontro mais algum entusiasta amanhã...

6.1.09

Egocentrismo vende sim...

Este site é uma ótima ideia.

Você se cadastra, envia duas fotos (no mínimo) do seu rosto, faz os ajustes necessários e depois de mais ou menos 1 hora, recebe por e-mail o link para ver seu rosto em 3D.

Bom, até æ nada de mais, afinal eu vejo meu rosto em 3D todo dia no espelho... O legal mesmo é o que o site oferece para você levar seu amor próprio as últimas consequências.

Partindo deste modelo, o site oferece (provavelmente usando recurso de prototipagem rápida, ou algo similar) máscaras com o seu rosto esculpido, esculturas que podem ter o cérebro exposto, uma cabeça porta lápis, chaveiros de "cristal" com a imagem tridimensional de sua cabeça... enfim... tudo quanto é bugiganga que faz a alegria de qualquer narcisista.






Devo confessar que ter uma réplica em miniatura da minha cabeça do lado do computador seria beeeem legal. :-)